Valentina Sampaio: símbolo da representatividade trans no Mês do Orgulho LGBTQIA+
A força da representatividade no universo da moda global
Com uma trajetória marcada por pioneirismo, empoderamento e conquistas históricas, Valentina Sampaio se consolidou como um ícone mundial da representatividade LGBTQIA+. No contexto do Mês do Orgulho, sua história ganha ainda mais relevância ao evidenciar como a moda pode ser um espaço de inclusão, visibilidade e transformação social.
Nascida em uma vila de pescadores no litoral do Ceará, Valentina Sampaio tornou-se um dos maiores nomes da moda internacional. Em um universo muitas vezes excludente, ela quebrou barreiras ao ser a primeira modelo transgênero a alcançar feitos inéditos em grandes publicações e marcas de prestígio mundial. Sua trajetória não é apenas sobre beleza: é um grito por visibilidade, respeito e igualdade.
Orgulho, memória e ativismo: Valentina no centro das lutas por direitos
Durante as celebrações do Mês do Orgulho LGBTQIA+, Valentina Sampaio resgatou em suas redes sociais registros que marcaram sua participação no evento internacional de ativismo “Raising Voices”, ocorrido em Los Angeles em 2021. A ocasião reforça seu comprometimento com a causa LGBTQIA+ muito além das passarelas e editoriais.
Mais do que uma top model, Valentina utiliza sua imagem e influência para amplificar vozes silenciadas e combater preconceitos enraizados. Seu discurso está sempre alinhado com pautas de diversidade, inclusão e respeito aos direitos humanos, especialmente dos corpos dissidentes.
Conquistas pioneiras: de Vogue Paris à Victoria’s Secret
A trajetória de Valentina Sampaio é repleta de marcos que fizeram história na moda. Em 2017, ela se tornou a primeira modelo trans a estampar a capa da Vogue Paris, uma das publicações mais renomadas do setor. A edição, intitulada “A Beleza Transgênera”, foi considerada um divisor de águas para o universo da moda e da representatividade LGBTQIA+.
A partir desse momento, Valentina deslanchou internacionalmente. Desfilou para a L’Oréal na semana de moda de Paris ao lado de ícones do cinema como Jane Fonda e Helen Mirren, reforçando sua posição de destaque. Em seguida, outro marco: tornou-se a primeira modelo trans a integrar o time de Victoria’s Secret, quebrando paradigmas dentro de uma das marcas mais tradicionais e influentes do segmento de lingerie.
Ainda dentro do universo da moda, Valentina Sampaio foi também a primeira modelo transgênero a posar para a prestigiada Sports Illustrated, publicação consagrada por décadas com edições especiais de moda praia. Em todas essas aparições, o impacto foi imediato: reconhecimento mundial, inspiração para outras pessoas trans e quebra de estigmas.
Referência de beleza e propósito: campanhas e desfiles no Brasil e no mundo
Além dos marcos internacionais, Valentina Sampaio se destacou fortemente também no cenário nacional. Na São Paulo Fashion Week, a maior passarela da moda brasileira, foi recordista de desfiles em sua estreia. A sua presença reforça o papel da moda como ferramenta de transformação social.
Entre as campanhas de que participou, destacam-se grifes como Balmain, Marc Jacobs, Armani Beauty e a gigante L’Oréal, que sempre valorizaram sua trajetória, carisma e beleza. No universo editorial, estampou capas de revistas como Vogue, Elle, Harper’s Bazaar, Vanity Fair, L’Officiel e outras publicações internacionais de peso.
Valentina no cinema e nas artes
A versatilidade de Valentina Sampaio também chegou às telas. No cinema nacional, ela protagonizou o longa “Berenice Procura”, interpretando uma personagem complexa ao lado de atores consagrados, como Vera Holtz. Sua atuação foi elogiada e demonstrou que, além de modelo, é uma artista com talento e sensibilidade.
A presença de Valentina nas artes amplia sua influência e mostra que sua voz ecoa em diferentes espaços da cultura, ampliando o alcance da mensagem de diversidade e respeito.
Reconhecimento institucional e ativismo global
Mais recentemente, Valentina Sampaio foi eleita pela Organização das Nações Unidas (ONU) para participar do 3º Fórum Global da Unesco contra o Racismo e a Discriminação, realizado em 2024. Em sua palestra, falou sobre os desafios enfrentados pelas pessoas LGBTQIAPN+ ao redor do mundo, especialmente em regiões onde o preconceito ainda impera com força.
Sua participação em um fórum global reforça que seu papel como ativista é reconhecido internacionalmente. O discurso de Valentina ultrapassa o glamour das passarelas e ganha o peso de uma voz engajada nas causas sociais e políticas.
O impacto de Valentina Sampaio na luta LGBTQIA+

A história de Valentina Sampaio é uma poderosa representação da resiliência e da superação. Sua ascensão em um setor que, por muito tempo, invisibilizou pessoas trans, mostra que a mudança é possível. Mais do que um rosto bonito, ela é símbolo de uma geração que busca ocupar espaços historicamente negados.
Valentina não apenas representa, ela transforma. Cada passo dado por ela abre caminho para que novas vozes possam emergir. Seu legado não é apenas estético, mas político. Ela se tornou um ícone de resistência, inspiração e, sobretudo, de orgulho para a comunidade LGBTQIA+ em todo o mundo.
O que torna Valentina Sampaio uma figura única
-
Primeira modelo trans na capa da Vogue Paris
-
Primeira transgênero na Victoria’s Secret
-
Primeira modelo trans na Sports Illustrated
-
Protagonista no cinema nacional
-
Embaixadora de grandes marcas internacionais
-
Ativista reconhecida pela ONU
-
Presença constante em eventos que celebram a diversidade
Essas credenciais fazem de Valentina Sampaio uma figura incontornável quando o assunto é representatividade, moda e ativismo LGBTQIA+. Em meio às celebrações do Mês do Orgulho, sua trajetória inspira pessoas ao redor do mundo a acreditarem na possibilidade de um futuro mais inclusivo, justo e humano.
Valentina Sampaio e o futuro da moda inclusiva

Com cada conquista, Valentina Sampaio redefine os padrões da moda. Sua presença em editoriais, desfiles e campanhas ajuda a construir uma indústria mais plural. A moda, por meio dela, deixa de ser apenas estética e passa a ser um espaço de afirmação política.
No Mês do Orgulho, sua voz ressoa como um chamado à ação: incluir, respeitar, representar. E sua presença continua sendo uma força em movimento, que quebra barreiras e ergue pontes para as próximas gerações.