Após o período de pandemia, cada vez mais se faz necessário a conscientização quanto ao bem-estar e saúde. Esses temas ganharam força durante o isolamento obrigatório, e permanecem em alta, principalmente entre aqueles que adotaram uma postura mais proativa objetivando uma vida saudável.
Aliado ao bem-estar, a preocupação com a aparência física pode ser um dos pontos importantes para aqueles que buscam um aprimoramento no estilo de vida. No Brasil, isso se reflete no mercado de beleza, que demonstra um crescente potencial. De acordo com informações de uma pesquisa realizada pelo provedor Euromonitor International e divulgada pelo portal de notícias Mercado em Consumo, o Brasil figura como sendo o quarto maior mercado de beleza no mundo.
Para o visagista Robson Trindade, mestre e doutorando em visagismo, que também é professor de cursos técnicos, de graduação e de pós-graduação voltados para a área da beleza, a melhoria dos hábitos de vida passa inicialmente por mudança de hábito, e a resposta a isso é diferente para cada pessoa. “Enquanto uns vão elevar a autoestima ao voltar a estudar, outros vão se sentir bem fazendo exercícios. Uma atitude comum entre a maioria das pessoas que tentam melhorar o bem-estar é cuidar da aparência”, comenta.
Esse cenário tem fomentado o setor de beleza, que acompanha de perto as mudanças de perfil da clientela, que está cada vez mais informada e exigente quanto aos serviços. As exigências não são mais limitadas apenas aos produtos e serviços prestados, mas também a qualidade do atendimento, ao ambiente e até ao profissional que irá atender as demandas.
Para além do atendimento
O visagista também percebe essa mudança de comportamento entre a clientela dos salões de beleza, que busca se identificar com o local e as pessoas que irão interagir naquele momento. “Isso acontece porque a mudança não é somente estética. O cliente gosta do resultado, mas também quer se sentir acolhido e respeitado. O olhar do outro interfere diretamente na construção que fazemos de nós. Este suporte é essencial para uma interação social saudável”, complementa.
Robson acredita que o ambiente acolhedor do salão, a boa conservação do local, a qualidade dos produtos e a técnica dos profissionais são indispensáveis para causar uma boa impressão. Mas pontua que a postura do profissional será decisiva na boa experiência do cliente e a sensação de bem-estar. “Se a pessoa já abre a porta de maneira brusca, por exemplo, demonstrando ansiedade, o cliente pode interpretar que está atrapalhando. E o cliente é o motivo de estarmos ali”, argumenta Trindade.